Como começar a Investir com pouco dinheiro

Como começar a Investir com pouco dinheiro

Investir é uma das Melhores Formas de construir Riqueza a médio, longo prazo e alcançar a tão desejada Liberdade Financeira. No entanto, pode ser intimidante no início, principalmente se nunca teve contacto com o mundo dos investimentos. Este guia irá ajudar a esclarecer o processo e a desmistificar os principais conceitos, fornecendo um caminho claro para dar os seus primeiros passos no mundo dos investimentos.

1. Conceitos Iniciais ao Investir

Antes de começar a investir, é essencial entender o básico sobre os vários tipos de Investimentos. Em termos simples, quando compra ações de uma empresa, está a comprar uma pequena parte dessa empresa. Se a empresa crescer, o valor das suas ações também pode aumentar, e pode ainda receber dividendos (uma parte dos lucros). No entanto, é importante ter em mente que o valor das ações também pode diminuir, pelo que investir no mercado de ações envolve riscos.

Para além das ações, pode optar por Obrigações. Enquanto que uma ação é parte de uma empresa, uma obrigação é um empréstimo muito utilizado pelos governos para emitir dívida pública mas também pode ser usado por Empresas.

Os Índices de Ações medem o desempenho de um mercado de ações, ou de um subconjunto deste. Por exemplo, o S&P 500 agrupa as 500 melhores empresas dos Estados Unidos da América.

Por último, ter atenção que existem Riscos e Volatilidade. Compreender que os preços das ações podem flutuar significativamente, e que o sucesso no mercado de ações, exige paciência e uma visão a longo prazo.

Se nunca investiu recomendo vivamente a leitura deste Best-Seller com conceitos fantásticos que o farão questionar, se a forma como gere as suas finanças pessoais, é a melhor.

2. Defina os Seus Objetivos

Antes de investir, é importante ter clareza sobre os seus objetivos financeiros. Pergunte-se:

2.1) Qual é o propósito do seu investimento? Liberdade Financeira? Uma volta ao mundo? Comprar uma casa ?

2.2) Qual é o montante que precisa ? É essencial que defina o valor monetário que vai necessitar o mais rápido possível, pois será mais fácil atingir esse objetivo.

2.3) Qual o prazo dos seus investimentos? Curto (1-3 anos), médio (3-5 anos) ou longo prazo (mais de 5 anos)?
Definir objetivos claros, ajudará a selecionar os investimentos mais adequados para a sua situação, de acordo com o prazo e montante.

Por exemplo: Se está a poupar para os estudos do seu filho, com um horizonte de 3 a 5 anos, investir no mercado de Ações, não será a melhor opção. Porquê ? Porque Portugal pode entrar em recessão e o valor dos seus investimentos também poderá mudar significativamente comparado com o valor inicial. Nesse caso, um investimento muito mais seguro será o que o menciono a seguir, de forma a manter todo o capital investido e ainda rentabilizar um pouco. Um depósito a prazo é a melhor opção para este caso.

Contudo, pode optar por um investimento com uma pitada de risco utilizando as Obrigações de Tesouro de Rendimento Variável (Dívida do Estado Português).

3. Crie um Fundo de Emergência

Nunca comece por investir o seu dinheiro sem primeiro construir uma reserva de emergência. Esta reserva, deve cobrir pelo menos 3 a 6 meses das suas despesas. Isso protege-o de ter que vender os seus investimentos em momentos inoportunos, como crises ou despesas inesperadas e ainda transmite um conforto e tranquilidade, para manter o seu estilo de vida, independentemente da volatilidade do Mercado.

4. Conheça o Seu Perfil de Investidor

Qual é o seu nível de conforto com o risco? Existem três perfis principais:

  • Conservador: Prefere segurança e preservação do capital.
  • Moderado: Equilibrado entre segurança e risco.
  • Dinâmico: Procura altos retornos e aceita a possibilidade de perder parte do capital. Saber o seu perfil de risco é essencial para escolher os investimentos certos e evitar decisões precipitadas.

Saliento que o tipo de Investidor pode mudar consoante o tempo, pois a aversão ao risco normalmente muda, consoante a experiência e conhecimento sobre o assunto. Por exemplo, no meu caso em particular, comecei por ser um Investidor moderado mas rapidamente percebi que podia ser dinâmico e tirar mais partido dos mercados para atingir a Liberdade Financeira, mais rapidamente.

5. Escolha o Tipo de Investimento Adequado

Existem diversos tipos de investimento e a escolha certa depende do seu perfil e dos seus objetivos. Seguem várias opções de investimento ordenadas com menor risco – OTRV até com mais risco – Criptomoedas.

5.1) Obrigações de Tesouro Rendimento Variável (OTRV): São mais seguras, mas os retornos são geralmente menores, a rondar 1%, mais a Euribor. Atualmente, as OTRV estão a oferecer uma taxa de Juro mínima de 1.6%, mais a EURIBOR a 6 meses 3,057%, totalizando uma percentagem de 4.65%. Saliento ainda, que para Investir em OTRV, as subscrições são de no mínimo, 1000 euros. Atenção: Não confundir com as Obrigações de Tesouro tradicionais, indicadas apenas para empresas.

5.2) Fundos de Investimento: Uma boa opção para iniciantes, pois permitem diversificar o capital entre várias ações, ativos, até sectores e indústrias. Farei outra publicação só para esse tema, visto ser bastante vasto e de alguma importância.

5.3) Ações: Ideal para quem procura saber mais sobre as empresas ou ativos e usufruir de maiores rendimentos. Envolvem maior risco, mas oferecem maiores retornos ao longo do tempo. As ações Norte Americanas têm vindo, nos últimos 80 anos, a demonstrar que conseguem um retorno mais alto e de forma mais consistente, e por isso a maioria dos investidores continuam a apostar nessas. Isso não significa que no futuro será sempre assim, mas existe uma forte probabilidade de acontecer. Pessoalmente e acompanhando de perto as maiores economias do mundo, USA, China, Alemanha, Japão, Índia e Inglaterra, não antevejo uma mudança nos próximos anos.

5.4) Criptomoedas: Alternativas modernas que envolvem maior risco, mas também podem trazer retornos significativos. O mundo das blockchain ainda está a amadurecer e portanto, acarreta muitos riscos e também altos rendimentos. Se investir em criptoativos, prepare-se para uma verdadeira montanha russa, pois a volatilidade é realmente das mais altas do mercado, se não a mais alta. A minha opinião pessoal é de que este mercado é uma mina de ouro a ser descoberta. Digo isto, pelo meu background em tecnologia e pela minha paixão em programação. Imaginem a internet nos anos 2000, tinha enorme potencial mas 90% da população ainda não percebia como funcionava, nem como tirar partido dê-la e faltavam ferramentas para tal acontecer. Hoje em dia 70% da população mundial não consegue viver sem a Internet. Num futuro irei fazer uma publicação só a falar de blockchain e como o mundo será transformado por essa tecnologia.

Agora, a minha recomendação é a seguinte:

  • Se é um investidor conservador, opte pelas OTRV ou fundos de Investimento.
  • Se é um Investidor, moderado pode optar por diversificar pelos 4 tipos de Investimento.
  • Se é um investidor dinâmico, faça a sua investigação de boas empresas e bons projetos de Criptoativos, de forma a criar a sua carteira personalizada e obter rendimentos muito acima da média. Qualquer ajuda, conte comigo para uma análise mais a fundo ou apenas para uma opinião.

6. Estratégia de Investimento

Se é um investidor iniciante defina a sua estratégia mesmo que esta seja, apenas comprar consistentemente várias vezes e manter o portfólio até à reforma. Se não vender, já terá mais sucesso do que uma boa percentagem dos Investidores que tentam comprar e vender em certas alturas, que normalmente não são as melhores.

Se é um investidor avançado, então convém estudar as melhores estratégias de Investimento, como os melhores sectores, ativos com melhor retorno nos últimos 6 meses, entre outras que deixarei para outra publicação e ainda fazer análise de mercado para perceber quais os melhores momentos a comprar e quiçá, os melhores para vender sendo que se optar por vender, estará de certa forma a especular e a aumentar o seu rendimento e o risco, de perder ou ganhar dinheiro.

7. Diversifique o Seu Portfólio

“Não coloque todos os ovos no mesmo cesto”. Diversificar os investimentos entre diferentes ativos, setores e geografias é essencial para minimizar riscos e maximizar retornos. Isso, protege-o contra a volatilidade do mercado e possíveis crises específicas de um setor.

Repare que deve diversificar muito, através de um fundo ou da compra de mais de 50 ações, se for um Investidor conservador e se for um Investidor Dinâmico deve diversificar menos para conseguir melhores retornos. Se pretende saber mais ao pormenor o seu tipo de Investidor e a estratégia adequada a si, entre em contacto para agendarmos uma conversa e poder ajudar. Só assim, poderá alavancar e ter sucesso logo à partida. A primeira sessão é gratuita 😊 Não existe desculpas para não começar.

8. Escolha uma Corretora

A escolha da corretora é um passo fundamental, para começar a investir no mercado de ações. A corretora funciona como intermediária, entre o investidor e a bolsa de valores, permitindo-lhe comprar e vender ações. Ao selecionar uma corretora, é importante considerar alguns fatores:

8.1) Taxas e Comissões: Compare as taxas de transação, manutenção e outros custos. Algumas corretoras oferecem comissões mais baixas, mas podem cobrar outras taxas ocultas. Isso é válido especialmente nas corretoras dedicadas às criptomoedas porque as mesmas tiram partido da falta de conhecimento dos investidores.

8.2) Plataforma de Investimento: Certifique-se de que a corretora possui uma plataforma intuitiva e fácil de usar. Ferramentas de análise, gráficos e relatórios, podem facilitar a sua tomada de decisões.

8.3) Disponibilidade de Ativos: Algumas corretoras oferecem uma ampla variedade de produtos financeiros, como ações, ETFs, fundos de investimento, obrigações, criptomoedas, etc. Escolha uma corretora que ofereça os produtos que deseja negociar porque normalmente quando uma corretora é dedicada a Ações, tende a fazê-lo com melhor qualidade. Contudo, se optar por uma corretora que abrange todos os ativos analise bem todos estes pontos. Por exemplo: A Revolut começou com comissões zero na transação de todas as Ações e após atingirem um número significativo de utilizadores, começou a cobrar por transação e também a oferecer criptoativos. Essa decisão, teve um grande impacto na carteira dos investidores e muitos acabaram por migrar as suas carteiras para outras corretoras.

8.3) Suporte ao Cliente: Verifique a qualidade do suporte ao cliente. Uma corretora que ofereça atendimento rápido e eficiente é importante para resolver possíveis problemas e esclarecer dúvidas. Nesse aspeto a Degiro, continua a ser a melhor de todas com suporte telefónico super-rápido.

8.4) Regulamentação e Segurança: Verifique se a corretora está registada em entidades reguladoras, como a CMVM em Portugal. Isto garante que a corretora opera de acordo com as normas e protege os seus investimentos. Verificar também a garantia no caso de falência, normalmente para valores inferiores a 20 mil euros, todos os depósitos estão garantidos. Se no seu caso está a pensar investir mais do que esse valor, aconselho a investigar um pouco mais fundo a garantia da sua corretora.

Algumas corretoras populares em Portugal incluem a Degiro, Trading212, Revolut e XTB, sendo que as 2 últimas possuem opção de criptomoedas e em termos de corretoras dedicadas apenas a criptomoedas, temos a Coinbase, Crypto.com, Kraken e ainda a gigante Binance, entre muitas outras.

Se quiser avançar já, aconselho a Revolut para começar, pois permite investir montantes muito pequenos e com comissões muito baixas. No caso das criptomoedas, a melhor, a maior e com as comissões mais baixas, é sem dúvida, a Binance, tanto para investidores com pouco capital, como para outros com alguns milhares de euros.

Cada uma tem as suas particularidades em termos de comissões, usabilidade, funcionalidades, entre outras características importantes analisar. Avalie bem, qual a melhor se adequa às suas necessidades e ao seu perfil de investidor, porque normalmente é uma relação que dura anos e ao mudar implica custos para si.

9) Compre um Fundo (ETF) ou Crie a sua Carteira

Depois de abrir conta numa corretora, o próximo passo é decidir como construir a sua carteira de investimentos. Existem duas abordagens principais: Investir num fundo de investimento ou criar a sua própria carteira. Ambas têm prós e contras, e a escolha depende dos seus objetivos financeiros e do tempo que deseja dedicar ao acompanhamento do mercado.

9.1) Investir num Fundo de Investimento

Se preferir uma abordagem mais prática, pode optar por investir num fundo de investimento ou mais conhecido por ETF. Estes fundos são geridos por profissionais e reúnem o dinheiro de vários investidores para aplicar em uma carteira diversificada de ativos, como ações, obrigações e outros. Há fundos de índice, que replicam o desempenho de mercados, e fundos de gestão ativa, que tentam superar os índices.

Vantagens:

  • Menos esforço, pois a gestão é feita por profissionais.
  • Diversificação imediata, reduzindo riscos.
  • Boa opção para quem está começando ou tem pouco tempo.

Desvantagens:

  • Taxas de gestão e de desempenho.
  • Menor controlo sobre as escolhas dos ativos.

9.2) Criar a Sua Própria Carteira

Ao criar a sua própria carteira, pode escolher ações individuais e definir a percentagem de cada uma delas. Esta abordagem oferece maior controlo, permitindo-lhe selecionar empresas com as quais se identifica ou que acha que têm um grande potencial de crescimento. No entanto, exige mais tempo e conhecimento, pois terá que acompanhar o desempenho das ações regularmente e ajustar a carteira conforme necessário.

Vantagens:

  • Controle total sobre os seus investimentos.
  • Possibilidade de personalizar conforme o seu perfil de risco.
  • Pode potencialmente obter melhores retornos, se escolher boas ações.

Desvantagens:

  • Exige tempo e conhecimento de análise.
  • Mais arriscado se não tiver uma boa estratégia de diversificação.

Ao decidir entre criar a sua própria carteira ou investir num fundo, tenha em consideração o seu perfil de investidor, o tempo que dispõe e o seu apetite por risco. Se procura simplicidade e diversificação imediata, um fundo pode ser ideal. No entanto, se deseja ter controlo total e está disposto a aprender mais sobre o mercado, a construção da sua própria carteira pode ser mais adequada.

9. Reavalie os Seus Investimentos

Com o passar do tempo, a sua vida e os seus objetivos podem mudar. Por isso, é crucial reavaliar o seu portfólio periodicamente para garantir que ele continua alinhado com os seus objetivos financeiros. Se necessário, reajuste os seus investimentos.

Embora o investimento deva ser sempre a longo prazo, é importante monitorizar os seus ativos. Isso não significa verificar o mercado todos os dias, mas sim periodicamente, consultar se o seu portfólio está de acordo com o planeado, especialmente em momentos de grandes mudanças económicas ou na sua vida pessoal, para ter uma noção do que está a acontecer e é muito importante pedir ajuda numa fase muito negativa ou muito positiva também, pois nesses momentos o nosso emocional desperta e pode leva-nos a tomar decisões precipitadas e por consequência perder dinheiro, seja em mais valias, em impostos ou mesmo na venda com prejuízo.

Por fim, Investir pode parecer complicado no início, mas com paciência, disciplina e educação, qualquer pessoa pode aprender a dominar o processo. Lembre-se de que o sucesso financeiro não é um sprint, mas uma maratona. Ao seguir estes passos, estará no caminho certo para alcançar os seus objetivos financeiros e garantir sucesso nos investimentos.

Pode também ver Como começar a Investir em Ações com Pouco Dinheiro no youtube e ainda ver as minha recomendações dos melhores livros sobre Investimentos e Dinheiro -> Livros.

Boa sorte e bons investimentos!

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